terça-feira, 14 de agosto de 2012

A porta, O labirinto e outras coisas...


Cansado de caminhar, sentei-me as margens do Guaíba. Vinha vindo a tempestade que iria me levar... Levar pra onde? Levar porque? A mando de quem?
Vai com calma. Hoje sei que a pressa é inimiga da perfeição. Eu só queria chegar em casa, descansar e depois tocar meu violão... Eu sei que levantei e comecei a andar. Direção? Nem sei pra onde, sei que andei pra muito longe. Vi estrelas, mas não vi o céu, estavam todas ao léu, pendidas, suspensas perdidas na imensidão das minhas miragens.
Eu vi o céu caído, as dores, chorando. As estrelas o abandonaram...
A calma me atrasou um pouco mais, mas pude apreciar a natureza morta, dos quadros, nas ruas onde passei. Sempre sóbrio, mas sem controle ou senso de direção. Eu vi o cão mais feroz de Porto Alegre; Eu, que nem resido por aqui. Vi a calada da noite chegando em silêncio. A neblina. O cais do porto. Porto Alegre.
As árvores brancas como a neve, eu vi, pois não fazia sol e os pássaros eram albinos, tristes e sensíveis, sem querer os fiz chorar. Chorei também.
Essas estátuas que não estavam lá? Que magia foi aquela?
Minhas pernas latejavam, me implorando para descansar.
Cansado de caminhar, sentei-me as margens do Guíba. Adormeci.

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