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terça-feira, 14 de agosto de 2012

A porta, O labirinto e outras coisas...


Cansado de caminhar, sentei-me as margens do Guaíba. Vinha vindo a tempestade que iria me levar... Levar pra onde? Levar porque? A mando de quem?
Vai com calma. Hoje sei que a pressa é inimiga da perfeição. Eu só queria chegar em casa, descansar e depois tocar meu violão... Eu sei que levantei e comecei a andar. Direção? Nem sei pra onde, sei que andei pra muito longe. Vi estrelas, mas não vi o céu, estavam todas ao léu, pendidas, suspensas perdidas na imensidão das minhas miragens.
Eu vi o céu caído, as dores, chorando. As estrelas o abandonaram...
A calma me atrasou um pouco mais, mas pude apreciar a natureza morta, dos quadros, nas ruas onde passei. Sempre sóbrio, mas sem controle ou senso de direção. Eu vi o cão mais feroz de Porto Alegre; Eu, que nem resido por aqui. Vi a calada da noite chegando em silêncio. A neblina. O cais do porto. Porto Alegre.
As árvores brancas como a neve, eu vi, pois não fazia sol e os pássaros eram albinos, tristes e sensíveis, sem querer os fiz chorar. Chorei também.
Essas estátuas que não estavam lá? Que magia foi aquela?
Minhas pernas latejavam, me implorando para descansar.
Cansado de caminhar, sentei-me as margens do Guíba. Adormeci.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sistemático

Diga olá aos grandes reis
Soberanos de uma nação
Manipulado seja o vosso povo
E a vida alheia na televisão
Infortúnio e inoportuno futebol
Do qual a arte já não mais existe
Sem saúde, educação
E a cultura pouco persiste
A resistência a sociedade
A vaidade, a insanidade
"País de primeiro mundo"
Nós estamos em que "idade"?
Sinceros pêsames meu país
Sinto falta do que passou
A inflação, a burocracia
Foi tudo que nos restou

Levanta a cabeça Brasil
E mostra a que vieste
A criança é o teu futuro
Pega a camisa e veste!!!

Dedicatória


A todas as vozes dedico estas escrituras
A todos os corações que perdem-se em amor
A todos os sonhos, se vão estas palavras
E a toda magnitude, os meus sentimentos mais profundos
A todos os olhos que agora me observam
Me olham e notam minha sutil inexistência
A todos os pensamentos que me abusam
A todas as pessoas que resistem e insistem em acreditar
A todos os amores perdidos e aos casos impossíveis
Ao improvável, que sempre nos mostra o quão errado estamos
Simplesmente acontecendo...
A todos que perderam um minuto para ler este declame
A cada sonho, que em sonhos realiza-se
A cada um que não se prende a perfeições
A "perfeição" e complexidade do bicho homem
A mulher, a mais amada e a nem tanto
Todas merecem uma dedicatória
A perspicácia do animal acuado pela ameaça eminente
Aos olhos dos homens, que a terra há de comer
Aos versos, os quais dedico a quem os lê
A vida que me acolhe em seus braços como mãe
Aos homens, mulheres, adultos e crianças
A juventude "eterna" da humanidade,
que envelhece a cada instante um pouco mais
A mim, a você e a cada um de nós
A todos e todas as coisas...

Obrigado por existirem!!!